CETAD UFBA

"As drogas, mesmo o crack, são produtos químicos sem alma: não falam, não pensam e não simbolizam. Isto é coisa de humanos. Drogas, isto não me interessa. Meu interesse é pelos humanos e suas vicissitudes."
Antonio Nery Filho

O sentido das drogas para adolescentes em situação de rua

por SOUZA, Ana Silvia Ariza de em

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Autor Ano Local de Publicação Local Tema
SOUZA, Ana Silvia Ariza de 2001 São Paulo São Paulo

Instituição de Origem Estado Instituição Instituição Responsável
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Formato da Obra Formato Disponível Número de Páginas Idioma
Dissertação de Mestrado Texto integral   Português

Resumo

Essa pesquisatem por objetivo apreender os sentidos das drogas atribuídos por adolescentes que viveram nas ruas do centro histórico da cidade de SãoPaulo? . O material analisado foi o registro etnográfico do dia a dia desses jovens, realizado em trabalho de educação social na rua. Conclue-se que os sentidos das drogas são multivariados e modificam-se de acordo com as situações e o tempo. Com relação ao tempo, utilizam inicialmente apenas cola, nesse período a droga tem o sentido lúdico e de prazer, posteriormente, passam a consumir também crack e aparece uma maior relação com a violência, tráfico de drogas e sofrimento. De modo geral, os adolescentes buscam nas drogas, uma forma de desenvolver atividades e ações necessárias à adaptação de seus modos de ser, sentir e agir diante das condições impostas pelo espaço da rua. As drogas auxiliam na comunicação, integração e superação de dificuldades individuais, possibilitando um convívio da forma desejada ou aliviandoe extinguindo temporariamente as sensações e sentimentos que os fazem sofrer, especialmente o desejo de serem reconhecidos como únicos e respeitados como sujeitos de qualidade. Aparecem ainda como um instrumento que possibilita uma forma de inclusão e integração aos agrupamentos. Outra constatação importante é que utilizam o sígnificado social da droga para receber acolhimento, seja de forma retórica, seja simulando consumo ou os efeitos das drogas. Embora os sentidos variem, eles têm uma base afetiva comum: o medo de se sentirem sós, serem desprezados, não reconhecidos e valorizados conforme suas necessidades; um afeto que se perpetua no tempo. Nesse sentido, levantamos a hipótese de que como consumo de drogas, a participação no tráfico e o discurso sobre as drogas, visam superar a servidão e alcançar a potência de ação

Palavras Chave Psicologia Social, Adolescentes, Uso de drogas, Adolescencia e drogas
Link http://www.sapientia.pucsp.br//tde_busca/arquivo.php?codArquivo=7475
Referência para Citação  
Observação Material linkado com o Sistema de Publicação Eletrônica de Teses e Dissertações - Bilblioteca Digital.


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