CFM lança diretrizes de assistência a usuários
por Da Redação em
O Conselho Federal de Medicina, em parceria com a Associação Médica Brasileira e a Federação Nacional dos Médicos, lançou ontem (10), o documento
"Diretrizes Gerais Médicas para Assistência Integral ao Crack", que consiste num conjunto de instruções para assistência médica a usuários de crack.
O texto traz uma breve abordagem sobre conceitos sobre a droga, seus efeitos, suas formas de consumo e aspectos gerais de tratamento e também definições sobre o uso, o abuso e a dependência além de um guia para a avaliação e o manejo de casos de urgência.
Guia para Médicos
Além dessas informações, o documento recomenda medicamentos para as diferentes fases de tratamento e também inclui um guia para avaliação e manejo de casos de urgência, como intoxicação aguda, overdose e síndrome de abstinência aguda.
Para o
site O Globo, o coordenador do projeto e membro do CFM, Ricardo Paiva, explicou que o documento é voltado especialmente para nortear a atuação de médicos do Sistema Único de Saúde (SUS).
De acordo com o médico, "o lançamento da publicação marca o início de seu envio para instituições a que estão vinculados profissionais que planejam e executam ações em saúde, como o Ministério e as secretarias estaduais e municipais de saúde e os sindicatos e conselhos médicos".
Desafios para o tratamento
O CFM elegeu uma série de aspectos que dificultam o enfrentamento do uso problemático do crack. Embasado em publicações e estudos de organizações como a OMS, a ABP, a ABEAD e o INPAD, o documento apresentou o uso de crack como uma epidemia, na qual 85% das mortes dos usuários são relacionadas a casos de violência.
Além disso, críticas foram feitas às redes pública e complementar pela falta de articulação entre as redes de assistência das três esferas de governo e pela precariedade e pouca eficiência dos serviços comunitários "geralmente religiosos".
A ausência de um tratamento único e ideal e a forte presença de drogas lícitas através da disponibilidade e publicidade também foram desafios apontados na publicação.
fonte: CETAD Observa, CFM