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"As drogas, mesmo o crack, são produtos químicos sem alma: não falam, não pensam e não simbolizam. Isto é coisa de humanos. Drogas, isto não me interessa. Meu interesse é pelos humanos e suas vicissitudes."
Antonio Nery Filho

ONU divulga relatório sobre drogas

por Da Redação em

O Relatório Mundial sobre Drogas publicado na última semana, considerado o mais importante das Nações Unidas sobre o tema, indica estabilidade e até queda do consumo de drogas como heroína, maconha e cocaína em nível mundial, porém o uso ilícito de drogas sintéticas, como anfetaminas, ecstasy, metanfetaminas e medicamentos usados sem prescrição tem aumentado, chegando a superar, em algumas regiões, o uso de cocaína e de heroína.

Drogas e HIV - A prevalência de usuários contaminados pelo HIV no país diminuiu consideravelmente nos últimos dois anos, estando atualmente bem abaixo da média global. Da taxa de prevalência de 48% registrada em 2000, o país registrou, em 2009, uma taxa 8,2%, queda justificada pela adoção de estratégias de redução de danos por parte do Departamento de DST/Aids, do Ministério da Saúde.

A favorita - O documento também revela que em todos os continentes, a maconha continua sendo a droga ilícita mais consumida, com maior prevalência na América do Norte (10,7%) e na Europa (5,3%). No Brasil, o número de apreensões tem caído nos últimos dois anos, porém há indícios de crescimento na produção para uso doméstico.

Além da cannabis, o uso de drogas sintéticas ilícitas ou sem prescrição também tem predominado na maioria dos países, principalmente a mentanfetamina, que corresponde a dois terços na estatística de crescimento no uso de drogas sintéticas nos últimos dois anos.

Cocaína e Crack - Conforme divulgado nos dois últimos anos, o Brasil se destaca no mercado de drogas como país de trânsito para envio de cocaína produzida na Colômbia, Peru e Bolívia, a países europeus e africanos. Apesar da presença da substância, o país não apresenta aumentos significativos no consumo de cocaína refinada.

Quanto ao crack, o Brasil foi o que mais registrou apreensões no continente americano, no entanto, ainda não há dados precisos quanto ao aumento do consumo desta substância no país.

fonte: CETAD Observa

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