Universidade Federal da Bahia
Faculdade de Educação
Projeto de Pesquisa - CNPQ 2004/2007
Políticas Públicas Brasileira em Educação, Tecnologia da Informação e Comunicação
Orientador: Nelson Pretto
Bolsista: Darlene Almada
Bilbiografia Comentanda
Globalização e educação: demonstrando a existência de uma "Cultura
Educacional Mundial Comum" ou localizando uma "Agenda Globalmente
Estruturada para a Educação"?
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-
73302004000200007&lng=en&nrm=iso
Comentado por Rodrigo Mota Marinho -
mota_mat@yahoo.com.br
O artigo de Roger Dale,Professor da Faculdade de Educação da
Universidade de Auckland, faz parte de um estudo maior
denominado "Globalização e educação: precarização do trabalho
docente", mais especificamente corresponde à segunda parte do
trabalho.
A proposta do artigo é tecer algumas reflexões a cerca da relação
entre o processo de globalização e as implicações para a educação
nos estados nacionais. Reflexões que fujam às incoerências do senso
comum, sinalizadas como freqüentes na maioria dos debates sobre o
tema.
Nesse mister o autor vale-se da análise e comparação de dois
sistemas teóricos, denominados CEMC – Cultura Educacional Mundial
Comum e AGEE – Agenda Globalmente Estruturada para a Educação, que,
entende, apresentam alguns aspectos tidos como essenciais para
tanto, quais sejam: a forma como a globalização influencia as
políticas nacionais e como isso se dá.
Resumidamente o que se depreende do trabalho é que enquanto a CEMC
concebe a globalização como uma adequação, atualização das
instâncias nacionais ao que seria uma Cultura Ocidental, sem
apresentar os princípios de uma causalidade, o que conferiria à essa
adequação uma natureza espontânea, injustificável; a AGEE toma o
processo como resultante de uma dinâmica de manutenção do sistema
capitalista mundial. Enquanto nesse as mudanças implementadas na
educação visam legitimar o sistema produtivo, naquele, as adequações
seguiriam a lógica de um simples modismo, pois não haveria elementos
que o justificassem.
O autor propõe como conclusão que ambas as visões implicam posturas
distintas para a educação frente à globalização. Mas, que elas não
seriam excludentes, antes possibilitariam um avanço no intuito de
apreensão da verdadeira natureza da relação educação-globalização.
"LIDANDO COM IMAGENS EM EDUCAÇÃO: DESAFIOS E PERSPECTIVAS.”
PUBLICADO NA “REVISTA ÂNGULO”, QUE ENCONTRA-SE NO PORTAL DE PERIÓDICOS DA CAPES.
Comentando por FERNANDO RAMOS RÉSIO -
fer_nando021@yahoo.com.br
Segundo a autora Ligia Sagio Cezar, na educação de um modo geral os professores manipulam a forma de entendimento de aprendiz através do grande fluxo de informações administradas por ele. Dessa forma entende-se que a relação entre professor e aluno é uma relação fria de conhecimento técnico e de forma descompassada, pois essa manipulação é mecânica e um molde completamente desunido com o verdadeiro aprendizado.
Debate-se também uma forma de relação de normas estabelecidas com os grupos familiares de uma determinada escola, pois sabemos que existem vários tipos de faixas sociais que destacam e influenciam isso na hora do aprendizado. Vejamos: Isso se estabelece entre estudantes que fazem parte do mundo globalizado ou multimídia, aquele que sabe usar as máquinas e o controle sobre o computador.
Também existem outros tipos de estudantes, os que estão fora do sistema informatizado do mundo de hoje, ou seja, do mundo contemporâneo, aqueles que não se adaptaram ou que não tem a oportunidade de estar em contato com as máquinas e computadores, eles estão completamente fora da educação contemporânea.
Voltando-se na validação da imagem como forma de percepção, a autora dirige-se a problemática do desafio de professores e mestres que debatem com a nova educação. Muitos são despreparados, pois possuem uma didática voltada para as novas tecnologias e outros valores que não os normais. Outros professores sabem relacionar e diferenciar o cibernético do real, deixando a imaginação formar, a criatividade entrar em atividade e levar o aprendiz a superar os seus próprios desafios.
A melhor maneira de ensinar é aprender junto com os aprendizes, pois eles não sabem que precisam de um estímulo para a formação de imagens para a formação de novas perspectivas e novos horizontes em suas vidas.
Comentado por Josy Karla Ferreira Costa -
josykcosta@yahoo.com.br
O artigo de Patrícia Mariuzzo trata da Influência das Novas
Tecnologias da Informação na Cultura e as profundas mudanças
provocadas por essas novas tecnologias, forjando, como afirma a
autora, novas concepções nas ciências humanas, como as de indivíduo,
memória, leitura e escrita. Baseando-se em fatos como o 11 de
setembro, as imagens de Marte geradas pelo robô Spirit, o Big
Brother Brasil, e comprar pela internet ela observa que o que esses
fatos têm em comum é o usos das novas tecnologias da informação, que
proporcionam efeitos inéditos e conseqüências que vão além da tela
do vídeo, pois milhares de pessoas das mais diversas culturas têm a
oportunidade de partilhar ao mesmo tempo de todos esses
acontecimentos e tirar cada um suas próprias conclusões.
Ela utiliza como base para suas observações a tese de doutorado do
Historiador Raimundo Donato Ribeiro "Cultura histórica e as novas
tecnologias da informação", onde Ribeiro analisa artigos e
entrevistas publicados na mídia entre 1995 e 2000 sobre novas
tecnologias da informação e sua relação com as humanidades, tratando
de questões sobre tempo, espaço e memória. Ele enfatiza segundo
Patrícia, que a tecnologia deve ser um campo também das ciências
humanas porque a técnica sempre emerge de um contexto, de uma
historicidade e não é um sistema autônomo, separado de homem, ele
observa que as tecnologias da informação estão modificando as
relações do homem com seu passado, seu futuro e sua memória. Pois a
tecnologia da informação, acrescida da velocidade sem igual, altera,
além da percepção do tempo e do espaço, também o imaginário de uma
sociedade acenando para uma realidade virtual onde as novas
tecnologias trazem em si a idéia de que é possível universalizar o
conhecimento, neutralizando as diferenças humanas e sociais.
Outro destaque do texto é para uma característica fundamental dessas
novas tecnologias que é a aparente capacidade ilimitada de
armazenamento de dados que evidencia dentro desse contexto o que
chama de memória – prótese (como qualifica o historiador) onde essa
capacidade infinita da ampliação da memória nega o homem como
suporte de sua própria memória tornando-se uma "memória-prótese".
Porém, ressalta uma importante diferença onde destaca que apesar da
memória - prótese acumular registros a memória humana não se
constrói com tal armazenamento, são necessários conexões, ligações
afetivas para que as lembranças ganhem sentido o que não é
necessário com as máquinas. Lembrar e esquecer são componentes do
processo de atualização do passado. Mas apesar disso temos "uma nova
possibilidade de memória que não é aquela calcada na tradição dos
documentos e da oralidade como também na seleção e no esquecimento
(...) mas sim, a que oferece, pela rede, a capacidade da
democratização das informações e de realização plena de um novo
humanismo através das novas tecnologias da informação, da velocidade
eficiente e dos bytes", afirma Ribeiro. De acordo com Patrícia,
Ribeiro considera positiva a inserção dessas novas tecnologias em
nosso meio, como por exemplo, da informática que abre um leque
infinito de possibilidades e de uma nova linguagem, capaz de
oferecer uma memória informacional automatizada, introduzindo
mudanças na construção da memória do homem contemporâneo e
construindo um novo sentido para individualidade, podendo até
destituí-la. E tudo isso modifica a forma com os seres humanos lidam
com as informações e assimilam o conhecimento em suas vidas, parece
que culturalmente todos se acostumaram tanto com velocidade que o
que é estranho hoje é a falta de agilidade e demora algo assim é
considerado ultrapassado e literalmente uma perda tempo, além de a
maioria das pessoas se utilizarem constantemente desses artifícios
memoriais.