http://www.flosswor ld.org/
http://www.iti. gov.br/twiki/ bin/view/ Main/FlossWord
FLOSSWORLD, financiado e patrocinado pela União
Européia, é um projeto de investigação global sobre o
impacto do software livre e aberto (Free Libre Open
Source Software – FLOSS). Ao todo o projeto conta com
recursos na ordem de ¤660.000, aproximadamente, R$ 1,2
milhão.
O projeto foi iniciado em maio de 2005 com a previsão
de ter 2 anos de duração. Ao final do ano de 2007, o
Consórcio FLOSSWorld entregará para a Comunidade
européia e para os demais países interessados os
resultados da investigação, assim como recomendações
estratégicas sobre o mundo FLOSS, seja no plano da
economia da informação seja na tecnologia ou nas
políticas de governo eletrônico.
FLOSSWorld Press reports:
http://www.flosswor ld.org/publicity .php.
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http://www.iti. br/twiki/ bin/view/ Noticias/
PressRelease2007? May11_145125
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PressRelease2007May? 11_145125
Países têm cenários distintos no uso de tecnologia de
código livre
11-Mai-2007: Bruxelas - Bélgica
O cenário do impacto do software livre no mundo começa
a se desenhar com a divulgação dos primeiros
resultados do projeto Free Libre Software Open Source
(FLOSSWorld) , patrocinado pela União Européia. No
segundo dia (10/5) do II Workshop Internacional do
projeto FLOSSWorld, em Bruxelas, na Bélgica, técnicos
da Universidade de Maastricht mostraram que o Brasil
tem o maior número de desenvolvedores de softwares de
código aberto, dentre os países que participaram da
pesquisa.
O levantamento feito no Brasil chegou ao número de 541
desenvolvedores, que responderam ao questionário sobre
seu grau de envolvimento com o tema software livre. O
segundo país com maior número de desenvolvedores foi a
Argentina, onde 115 responderam ao questionário. As
perguntas foram elaboradas pela universidade
holandesa, que ficou responsável por compilar os dados
levantados por instituições acadêmicas, de governo e
não-governamentais dos países participantes: Brasil,
Argentina, China, Bulgária, Malásia, Tailândia, África
do Sul e Croácia.
De acordo com o técnico da Universidade de Maastricht,
Rüediger Glott, que apresentou os dados sobre os
desenvolvedores e empregadores da área de tecnologia
da informação, a média de idade dos desenvolvedores é
de 29,6 anos, sendo que a idade média desse grupo no
Japão foi a maior encontrada. Ali, os desenvolvedores
têm, em média, 32,6 anos. E na China os mais jovens
dominam o segmento. O país tem a menor média de idade
no segmento desenvolvedores, 25,5 anos. Os dados do
Japão foram anexados à pesquisa, segundo Rüediger,
devido a uma colaboração voluntária de um
desenvolvedor, que aplicou o questionário no país com
o apoio de uma empresa privada.
Em termos de gênero, a participação feminina entre os
desenvolvedores, na média dos países, ficou em 6%. A
maior média foi a da Malásia, que tem 23% de
desenvolvedores mulheres e a menor comunidade de
desenvolvedoras está na China, 11% do total. “Parece
que a representatividade feminina é pequena no mundo
do software livre, mas ainda temos que ouvir as
instituições, ter um retorno para entender esses e
outros dados. Por isso, pedi aos participantes do
projeto que nos ajudem a interpretar os dados
encontrados relativos a cada segmento, empresas,
desenvolvedores e universidade” , disse Rüediger.
Entre os desenvolvedores, dois terços têm nível
superior de formação, 61% deles estão empregados, 21%
trabalham por conta própria, 16% são estudantes e 2%
fazem parte da comunidade de software livre. Uma das
conclusões do estudo é que o fato de saberem trabalhar
com software livre faz com que desenvolvedores tenham
um melhor salário. Os melhores salários de
desenvolvedores que trabalham com software livre estão
na África do Sul, Brasil e Argentina.
Rüediger ressaltou que os dados compilados podem não
representar totalmente a realidade do software livre
nos países pesquisados já que nem todas as
instituições contatadas responderam aos questionários.
De qualquer forma, os participantes do projeto
FLOSSWorld, em geral, ressaltam a importância do
estudo que, pela primeira vez, traz à luz dados sobre
o impacto do software livre com uma dimensão tão
extensa e um grau de cooperação entre tantos países.
“Sequer sabíamos dados sobre o desenvolvimento do
software livre no Japão, ou mesmo na China. Agora, há
cenário sobre o qual podemos nos debruçar”, destacou.
Brasil também obteve o maior número de respostas entre
os empregadores
O Brasil também obteve no levantamento do projeto
FLOSSWorld o maior número de respostas entres as
empresas. Do total de empresas contatadas nos países
pesquisados, 49,7% são do Brasil, seguido da Malásia,
com 17,5% e da India com 9,3%. Na média dos países,
94% dos dirigentes das empresas afirmaram reconhecer a
diferença entre a tecnologia 'open source' e o
software proprietário, e 42% deles afirmaram que
consideram tecnologias de código aberto importantes
para suas empresas.
A resposta foi ainda melhor entre os que admitiram que
os sistemas de informação de suas empresas usam
software livre. Na média, 73% dos empregadores
disseram que adotam o software livre em algum nível.
Entre 90% e 100% dos dirigentes afirmaram que levam em
conta a experiência em tecnologia 'open source' na
hora de contratar profissionais de informática.
Na área acadêmica, a resposta aos questionários veio
de 446 instituições de nível superior, sendo 55% delas
especificamente dedicadas à formação na área de
tecnologia. A média de idade nesse segmento é de 39,5
anos e a participação feminina é de 18% do total.
Segundo o coordenador do projeto SELF da Sociedade da
Internet da Holanda, Wouter Tebbers, que analisou os
dados referentes às instituições de ensino, há um
entendimento que as universidades têm um papel
preponderante na disseminação da cultura 'open
source'. “Nos países em desenvolvimento, é na
universidade que as pessoas têm contato com o
computador e com a Internet. Além disso, é a
universidade que vai formar os profissionais do
futuro”, observou.